Autor: Alceu Figueredo
(Devocional: Um Pouco de Luz 08/05/2014)
FILHO DE PEIXE, peixinho é. Todos nós já ouvimos esta expressão quando alguém quer dizer que o filho se parece com o pai, sejam as características físicas ou outras semelhanças nos costumes, gostos ou gestos.
Geralmente admiram a profissão dos pais; e com certa frequência abraçam a mesma carreira, em áreas como advocacia, médicos engenheiros, militares, profissionais liberais e muitas outras profissões. Os pais costumam influenciar os filhos na escolha da profissão, mas não devem decidir por eles; a escolha deve ser sempre deles. Mas uma boa orientação e apoio são normais e poderá ajudar o jovem nessa difícil escolha, ou na decisão por ocasião dos vestibulares. Mas decidir por eles, “forçar a barra”, pode criar um mau profissional e infeliz a vida toda.
Em Israel era comum os filhos aprender a profissão do pai. Jesus não só foi chamado de o “filho do carpinteiro” (Mt 13:55), profissão de seu pai adotivo, mas também de “o carpinteiro” (Mc 6:3) Provavelmente, enquanto rapazinho, deve ter trabalhado como qualquer jovem normal no acabamento de construção de casas; visto que eram feitas de pedra ou terra, mas usava-se madeira nas vigas e nas portas.
Uma das coisas que influencia os filhos a seguir os pais em relação à profissão, é a maneira feliz com que o pai encara sua profissão, e com que orgulho fala dela em casa. Outro fator é que o pai poderá orientá-lo em tudo ao longo do curso e do exercício da mesma, em razão de sua experiência.
Contudo, alguns pais possessivos e não preparados para conviver com as diferenças, têm amargado enorme decepção com seus filhos em razão de suas escolhas. Veja por exemplo um pai militar, que viveu sob a rígida disciplina, conviveu com uma doutrina conservadora, e de repente o filho segue a carreira de balé, músico de uma banda, ou outras profissões em nada desmerecedoras, mas que foge aos padrões conservadores de seus pais. É um choque cultural tremendo.
Mas filho de crente, crentinho é? Quando pequenos geralmente são; principalmente quando aprendem a imitar o pai vestindo um terninho, cumprindo os rituais do culto, e falando amém a tudo que ouve; mas quando adultos a história muda; e ai, se não foram instruídos na Lei do Senhor, se não foram ensinados a amar, se lhes foi passada a ideia de um Deus vingativo e cruel podem até se tornarem revoltados.
Alguns que foram criados com carinho e terno amor, instruídos acerca do amor de Deus, também podem ter seus descaminhos, ninguém precisa se sentir humilhado se os filhos tomaram outros caminhos, os próprios meios-irmãos de Jesus não criam no que Ele dizia; contudo, mais tarde se tornaram fervorosos discípulos, e dois deles, Tiago e Judas, escritores Bíblicos.
Deus abençoe pais e filhos nesta fase difícil da juventude, quando afloram problemas e decisões de toda ordem e que podem deprimir o jovem diante de um mundo competitivo; onde nem sempre prospera o melhor. Aos pais é dito: “Não provoqueis vossos filhos à ira” (Ef 6:4) [Exigindo mais do que podem]. Aos filhos: “Honra a teu pai e a tua mãe”. Ouça sempre, dê ouvidos enquanto for possível.
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